domingo, abril 01, 2007

"When the Music of Jajouka stops, the World will End"



The Master Musicians of Jajouka - aldeia nas montanhas do Rif, norte de Marrocos - são todos descendentes de uma família de mestres místicos, os Attars, que viajavam com os sultões da região, tocando para os monarcas.
A sua música tornou-se conhecida a partir dos anos 50 quando passaram por Marrocos muitos escritores e artistas da «beat generation», nomeadamente Paul Bowles, escritor e compositor, o escritor William Borroughs e o poeta e pintor Brion Gysin.
Nos anos 60, um dos membros dos Rolling Stones, Brian Jones, gravou as músicas do grupo e editou-as em 1971, tendo sido considerado o primeiro álbum de «World Music».
Desde então, os The Master Musicians of Jajouka gravaram com artistas tão distintos como Ornette Coleman, Marianne Faithfull, Scanner, Lee Renaldo e Bill Laswell, mas raramente actuam fora de Marrocos porque preferem viver e tocar perto do santuário do seu santo, Sidi Achmed Shiech.
A vinda do agrupamento marroquino insere-se no ciclo «Um Abrigo na Terra» sobre a vida e obra de Paul Bowles (1910-1999), escritor e compositor norte-americano que mostrou cinema, concertos, leituras e uma exposição de fotografia que se irá manter até 30 de Abril.
A obra multifacetada de um autor que ocupa um lugar destacado na literatura norte-americana do século passado, e a colecção de fotografias tiradas por Daniel Blaufuks na casa de Paul Bowles em Tânger, levaram o CCB a fazer a evocação com este ciclo.

Agencia Lusa

Fui vê-los ontem ao CCB, vi-os pela segunda vez (a primeira foi no Festival de Musicas do Mundo, em Sines), e é impossivel não ficarmos completamente rendidos, hipnotizados por uma musica que nos convida a dançarmos e entramos num ritmo que depois de se começar nos leva certamente ao transe...
A plateia esteve sentadinha durante quase todo o espetaculo, mas era possivel sentir que a vontade era de libertar o corpo e deixar aquela musica tomar conta de nós. No final dançou-se pouco... mas dançou-se. Foram duas horas que passaram a correr, de uma musica que não cansa (acho que ficava ali a noite toda e nem sentia que o tempo passava).
Adorei... Amei... ainda sinto aquele ritmo todo dentro de mim...
Miss X